Rir e pensar, envolver-se ou devanear... Todo tipo de arte proporciona experiências sensoriais, cognitivas, socias, metafísicas, tão diversas quanto complexas. A forma com que certa manifestação artística toca um Ser relaciona-se intimamente com o seu ser. Suas vivências, conexões, seu barro. Barro molhado, moldável, mas de matéria definida. E a sétima arte alcança o meu ser, quase como um livro. Concentração, preparação, momento onde um instante perdido determina a crítica final. Duelos épicos, dramas suburbanos, histórias rasas pinceladas de doçura... Sempre me instigam o texto e o contexto, entrelaçados ficção e fatos que em muito assemelham-se à nossa própria vida (ou àquela que desejamos). Inevitável depois a citação sem fonte, apropriação pela identificação mais que pela intenção de usurpar propriedade intelectual alheia. Uma comédia despretensiosa ofereceu-me recentemente um profundo sentimento de unidade e pertencimento, e no dia de hoje a vida tristemente imitou a arte. Meu sentimento se traduz nas palavras de Dona Hermínia:
"Quando uma mãe perde um filho, todas as mães do mundo perdem um pouquinho dele também".