domingo, 8 de maio de 2011

Do que é feito um dia de mãe?


Acordar com passos
nas mãos o afago
a voz pura suplicante
aos ouvidos, bem cedo
Deixar-se levantar
chão frio, já vai
leite quente e bolachinha

Sol a pino lembra fome, sesta
e o doce pedido: brinca, brinca
por que não é agora?
É hora, já sabe
de banho, de comida, de sair
é a vida (a nossa, com prazer)

A volta do trabalho
cheiro de banho invade a sala vazia
às vezes silêncio, vitória ao cansaço
às vezes correria nos fundos
livro novo, experimentar
histórias repetidas, dividir
pedido manhoso, colinho atendido
era para resistir?