quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Eu não ganhei flores

Felicidade pode ser escrita, descrita? É possível viver mais do que a vida parece oferecer? Cada pedaço de nós é realidade viva. Os planos traçados, a rotina estabelecida, a vontade de alimentar. Cada pensamento é realidade em construção. Os sonhos não sonhados, a emoção não vivida, a posição diante dos fatos. Viver... Incessante busca pelo equilíbrio na dualidade. Corpo-mente, saber-sonhar, decidir-esperar. O debate sobre o copo metade cheio ou metade vazio. Prefiro metade cheio, quase sempre. Acontecimentos provocam sensações, e a forma de materializá-las pode ser puramente existencialista. Construir-se, como Sartre. Ou transcender a essa lógica, compreender e aceitar o determinismo. Há jardins sob todas as janelas. Contemple-os. Hoje, eu não ganhei flores. Mas escolhi me lembrar do perfume delas.